Desculpem, mas hoje não vou postar exercícios, quero apenas compartilhar.......
Realmente é uma tarefa dificil escrever, mas escrever e mostrar ângulos diferentes é um desafio, ainda mais nessa era da informação clara demais.
Quando a coisa está clara demais, acontece que, não surge o desejo de traçar novos caminhos, ou seja, está tudo pronto, é só chegarmos e copiarmos.
As partituras estão todas aí, com os segredos todos “desvendados” pela era da informação clara demais.
Se está tudo claro demais, surge a satisfação, o dever está cumprido. Cumprido quando, "descobrimos" as técnicas “breckianas”, e o “meu desejo” é logo saciado por fazer igual, então não vou mais além, porque a meta ja foi alcançada.
Os mais tradicionais, “adoram” a era do fraseado bebop, e tem um preconceito com outra linguagem.
Quando disse adorar, disse com uma conotação religiosa mesmo, pq erguem-se altares, para uma linguagem e única, essa linguagem e única é o conceito de que “tal” estilo é “O MELHOR ESTILO MÚSICAL”, e fazem dessa linguagem um “deus”. E o que é diferente desse “deus”, é coisa ruim, não presta. Ou seja, outros estilos músicais, ou melhor, de expressões da multi-linguagem músical, é tido como se fossem do capeta!!!
E nessa desordem psicológica-músical, a frase que os move, no fundo no fundo, é a seguinte:
Não suportarás o existir da arte do seu próximo.
É de ficar maluco, quando surgem aquelas frases, a música é espiritual, ainda cita os ícones do jazz, para justificar sua busca a essa musicalidade espiritual.
Mas é uma espiritualidade que não respeita o gosto do próximo. Uma arte assim, é inócua e vázia.
A liberdade da CRIA-ATIVIDADE, nunca baterá na portas desses.
Outro dia ouvi uma frase que explica a medíocridade, ou melhor, a revelação de que a criatividade não faz morada ali, foi mais ou menos assim:
“ O “fulano de tal” falou, que muito cara não faz condução de jazz no baixo, o que esse “Organista” faz com a mão direita.”
Como se o fato de dizer que o “fulano de tal” precisasse falar para validar o que ele já sentiu, mas se o “fulano de tal” não falasse, acho que ele desconfiaria do seu sentimento, ou na pior das hipóteses para querer justificar sua opinião pra mim.
O meu silêncio é a minha “concord-ÂNSIA”.
Isto porque está tudo claro, se está tudo claro não há nada de novo, e isso vai permeiando a psicologia-músical dos dias de hoje:
Falta de humildade, porque está tudo claro, “está tudo aí”, “eu sei tudo”, “sei o que é bom e o que é ruim”.
Quando está tudo claro, está tudo concluído, o educador-escritor-psicanalista Rubem Alves, em seu livro “Lições de feitiçaria”, mais ou menos assim: A Conclusão faz parar o pensamento....
Ou seja, Se eu conclui, pra que ficar pensando mais no assunto?
Desculpem se estou tomando tempo, mas compartilhar sempre é bom.....
Pensem nisso:
Não tenham na clareza da informação-conclusão dos dias de hoje, como a meta a ser alcançada, se não, estaremos apenas entrando, no caminho da morte da LIBERDADE e da CRIA-ATIVDADE.