No artigo anterior, falei sobre o mito de abordar as escalas somente de tônica à tônica, e as implicações de não se abordar toda a extensão do saxofone, desde as notas mais graves as mais agudas que conseguir.
Agora podemos falar de como abordar técnicamente, ou na nossa linguagem saxofonística: mecânicamente, qualquer escala, é como equações matemáticas. Os padrões e formas de abordagens são os mesmos para qualquer escala, e arpejos, por exemplo na escala de C (C, D, E, F, G, A, B), usaremos a linguagem de 4 em 4 notas, sempre começando pela nota mais grave (vide a legenda das cifras):
e assim segue até as notas agudas .
Podemos fazer de outro modo nessa mesma equação de 4 em 4 notas, mas de forma descendente:
e assim segue......
E para descermos, faremos da seguinte maneira:
e assim descemos até o B grave.
E podemos descer, com essa mesma equação, de forma diferente ao exemplo acima:
O mesmo exemplo na escala de D:
Ou, de uma outra forma usando a equação de 4 em 4 notas:
E para descermos:
e descemos até o nosso B grave.
Ou podemos descer de outra forma:
Agora essa equação de 4 em 4 notas na Pentatônica.
Pentatônica de C:
Ou até mesmo os arpejos, por exemplo:
C7+:
Essa forma de equacionar a abordagem e consecutivamente o estudo de qualquer escala, arpejos, é que podemos localizar onde está ocorrendo a deficiência, ou seja, em qual região do instrumento que você ainda não tenha facilidade de tocar.
Gosto muito desses estudos, de tocar trecho por trecho, porque você acaba virando o seu próprio professor, e você começa a ter consciência de seu nível técnico.
Lembro-me que no começo desse meu estudo, eu particularmente tinha muita dificuldade nos graves, daí escolhia uma determinada escala e arpejo, e ficava repetindo.
Acho interessante focar o estudo, tudo tem sua hora, e para a evolução técnica também tem sua hora, como um corredor de uma São Silvestre, sem a parte física bem treinada, e em dia, o corredor não terá êxito na corrida, ele pode ter uma boa respiração, concentração, mas se isso não estiver alinhado a parte física, não chegará muito longe.
No próximo artigo continuarei a falar sobre abordagens.
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C = Do
D = Ré
E = Mi
F = Fá
G = Sol
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