domingo, abril 15, 2007

Equacionando







No artigo anterior, falei sobre o mito de abordar as escalas somente de tônica à tônica, e as implicações de não se abordar toda a extensão do saxofone, desde as notas mais graves as mais agudas que conseguir.


Agora podemos falar de como abordar técnicamente, ou na nossa linguagem saxofonística: mecânicamente, qualquer escala, é como equações matemáticas. Os padrões e formas de abordagens são os mesmos para qualquer escala, e arpejos, por exemplo na escala de C (C, D, E, F, G, A, B), usaremos a linguagem de 4 em 4 notas, sempre começando pela nota mais grave (vide a legenda das cifras):



e assim segue até as notas agudas .




Podemos fazer de outro modo nessa mesma equação de 4 em 4 notas, mas de forma descendente:



e assim segue......




E para descermos, faremos da seguinte maneira:



e assim descemos até o B grave.



E podemos descer, com essa mesma equação, de forma diferente ao exemplo acima:





O mesmo exemplo na escala de D:




Ou, de uma outra forma usando a equação de 4 em 4 notas:







E para descermos:


e descemos até o nosso B grave.




Ou podemos descer de outra forma:





Agora essa equação de 4 em 4 notas na Pentatônica.

Pentatônica de C:




Ou até mesmo os arpejos, por exemplo:

C7+:



Essa forma de equacionar a abordagem e consecutivamente o estudo de qualquer escala, arpejos, é que podemos localizar onde está ocorrendo a deficiência, ou seja, em qual região do instrumento que você ainda não tenha facilidade de tocar. Gosto muito desses estudos, de tocar trecho por trecho, porque você acaba virando o seu próprio professor, e você começa a ter consciência de seu nível técnico.



Lembro-me que no começo desse meu estudo, eu particularmente tinha muita dificuldade nos graves, daí escolhia uma determinada escala e arpejo, e ficava repetindo.

Acho interessante focar o estudo, tudo tem sua hora, e para a evolução técnica também tem sua hora, como um corredor de uma São Silvestre, sem a parte física bem treinada, e em dia, o corredor não terá êxito na corrida, ele pode ter uma boa respiração, concentração, mas se isso não estiver alinhado a parte física, não chegará muito longe.

No próximo artigo continuarei a falar sobre abordagens.



*
Cifras:

C = Do
D = Ré
E = Mi
F = Fá
G = Sol
A = La
B = Si




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Matéria sobre o cd BOSSA-JAZZ de Celso Pixinga, na qual participei de uma das faixas:http://www.coverbaixo.com.br/view.asp?PLC_cng_ukey=39122124155YJK5PG8

2 comentários:

Unknown disse...

Wagner,quero lhe parabenizar pelo blog! está show!
O meu desejo é te ver cada dia mais conquistando os seus sonhos!
Que Deus te abençoe!
com carinho,Géssica G.

Wagner Barbosa disse...

Oi Géssica, muito obrigado pelo elogio e pelos votos.....

Abraços