domingo, março 22, 2009

Modos gregos, II V I e a Estética.....




















Tentarei explicar de forma mais fácil e sem dar voltas ao mundo........


A base de qualquer escala é a escala maior, como vemos abaixo a escala de C:











Dentro dessa escala posso tirar outras “escalas”, no entanto sempre tenha em mente, todas se derivaram da escala maior, ou escala diatônica.

Por exemplo temos o famoso e espantoso modos gregos:

Jônio = 1º grau, ou 1 nota de uma escala

Dórico = 2º grau, ou 2º nota da escala

Frígio = 3º grau, ou 3º nota da escala

Lídio = 4º grau, ou 4º nota da escala

Mixolídio = 5º grau, ou 5º nota da escala

Eólio = 6º grau, ou 6º nota da escala

Lócrio e/ou meio diminuto = 7º grau, ou 7º nota



Perceba, que o Dórico, Frígio e as demais notas, só existem por causa da primeira nota da escala diatônica.

Ou seja, o Dórico da escala de C, é a escala de C tocada apartir do D, como vemos no exemplo abaixo:











Um garoto de São José dos Campos estava com dificuldade de entender o lance de II V I, porque estava estudando um método do saxofonista “X”, ensinando a tocar as pentatônicas do acorde.

Ou seja, pentatônica é um conjunto de 5 notas formado pela seguinte equação: 1º 2º 3º 5º 6º de uma escala, e/ou modo, no exemplo abaixo, mostrarei como extrair a pentatônica por modo, da cadência II V I de C.



Extraindo a Pentatônica de Dm7 = II da nossa cadência

















Extraindo a Pentatônica de G7 = o V de nossa cadência
















Extraindo a pentatônica de C = I de nossa cadência II V I

















Sincera e honestamente, acho bacana, mas isso um exercício para dificultar o objetivo que é tocar em toda sua amplitude.


É como se a janela estivesse embaçada, e eu querendo ver claramente o outro lado, um amigo limpasse apenas uma parte, mas dentro dele ele esconde a fórmula de desembaçar tudo de uma vez......


Apenas para os curiosos:


Daí o que é mais interessante, é que no fim do livro, o cara escreve: Todas as notas podem, tudo é uma questão de bom gosto........kkkkkkkkkkkkkkkk (desculpe-me a ironia)



Então o tal “livro” estava ensinando a praticar o improviso apenas com essas 5 notas, daí eu perguntei: Quer aumentar essas 5 notas para no mínimo 7 notas?

Ele respondeu: quero.


Basta pensar na escala fundamental, basta eu pensar assim:

De qual escala saiu o II V I ?


Por exemplo: se o II V I for, Dm7, G7 e C7+..... nessa seqüência de acordes, a fundamental estará sempre no I, ou seja, toda essa cadência de acorde saiu da escala diatônica de C, para ser ainda mais claro: todas as notas que compôes esses acordes, sairam da escala diatônica de C.


Daí ele falou: ahhhhhhh, agora ta tudo mais claro!!!


Daí disse que suas frases sairão mais livres, mas dentro, ou numa outra linguagem “Inside”, sem pensar na forma “brega” de frasear, que é ter que tocar a escala em si, por exemplo:

Ta lá o primeiro acorde: Dm7, daí vc toca a escala dórico, depois G7, vc terá que tocar o mixolídio, e assim não será um fraseado, mas sim uma “tocação”, um sobe desce escala danado.


Apenas para os curiosos:


O que eu ja vi de cara formado em faculdade, subindo e descendo escala, não to falando só de saxofone não, to falando de vários instrumentos. Tudo porque, fica se complicando e achando que o "modos gregos é o segrego para uma vida plena, então filosofemos sobre o modos gregos...



Então a minha humilde proposta, é que você ao olhar um conjunto de acordes, desvende da onde saíram aqueles acordes, verá que em vez de pensar em pentatônicas, de acorde por acorde, você terá muito mais liberdade no fraseado....


Mas......existe a questão da estética, do tipo:

Wagner, num acorde C7+ eu posso tocar e descansar no 4º= F?

Wagner, num acorde Dm7, eu posso parar e descansar no 6º=Bb?


Não vou ser irresponsável, que determinados estilo de música, existam algumas pequenas regras, e o grande lance, a questão do bom gosto.

Penso que na música Pop, existem essas pequenas regras sim, no entanto isso não quer dizer que não posso passar por elas, então se quiserem terem trabalhos com música "Pop", deve respeitar a ESTÉTICA da música.


Por isso que há, uma grande diferença de fraseado, de um saxofonista que estudou harmonia, e do que sabe apenas aplicar a pentatônica e copia frases de cds.

Esses ainda não foram na fonte de onde os fraseados surgem, o cara apenas se dedicou a copiar frases.


Vamos a exemplos de saxofonistas "Pop" americano, que mesmo havendo um lance de frases parecidas, mas quando fazem um fraseado mais difícil e bonito de se ouvir, cada qual tem sua particularidade, e as frases surgem bem diferentes.


Quando não se sabe ainda da “fonte”, do modo de aplicação, ficamos ouvindo as mesmas formas de tocar as mesmas pentatônicas, forever and never....


Não to julgando se é ruim ou não, porque às vezes o cara não teve acesso, ou preguiça de estudar, e sem falar no mercado de trabalho, que exigi apenas isso mesmo.


Só estou analisando a questão de um fraseado mais rico daqueles que querem ir mais além.



“Waleu” e até a próxima.



Mais sobre.....Aulas pelo skype ou msn


meu endereço no skype é:


wagnerbarbosasax


meu msn:


wagner_barbosa_sax@hotmail.com





2 comentários:

Unknown disse...

poxa .. muito interessante

thiaggo disse...

Parabéns wagner,vc contribuio muito para meu aprendizado,muito obrigado por disponibilizar esse material tão rico,continue o mundo saxofonístico agradece!!!!!